23/1/2019

Escolas de medicina precisam de doação de corpos Professora da FCMSCSP é entrevistada pelo Portal Drauzio Varella

Diferentemente da doação de órgãos, a doação de corpos é pouco conhecida no Brasil. Anatomistas cada vez mais dão preferência para usar somente corpos de pessoas que demonstraram o desejo de doar, e lutam para divulgar a prática essencial para a formação de médicos e pesquisa em saúde.

No Brasil, doar corpos para a ciência é uma alternativa pouco divulgada, e talvez enfrente mais resistência que a doação de órgãos por uma série de razões. “A sociedade vê o resultado da doação de órgãos. Gera um impacto emocional imaginar que uma pessoa recebeu um coração, que uma criança recebeu uma córnea. No caso da doação de corpos, o resultado não é imediato. É o ensino, a pesquisa que reflete socialmente, não individualmente”, afirma a dra. Mirna Duarte Barros, chefe do Departamento de Morfologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

A consciência da família é imprescindível para a concretização da doação. “O documento é uma declaração de intenção, e não de obrigatoriedade. Se, após a morte, familiares não tiverem condições, ciência ou desejo de completar a doação, não há qualquer implicação legal. Por isso, pedimos que o doador informe seu desejo a familiares e amigos e mantenha o documento de doação de corpo em local conhecido dos mesmos”, explica a dra. Mirna.

A Santa Casa, que teve oito cadastrados em 2017, enviou em 2018 uma nota para a imprensa divulgando a necessidade de corpos. Cerca de dez sites se interessaram e replicaram a pauta, o suficiente para que 15 pessoas pedissem a documentação para se tornar doador e nove efetivassem o cadastro. Uma divulgação simples foi capaz de superar em poucos dias o número alcançado durante todo o ano anterior. Essa é a intenção desta matéria.

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Luiz Fujita Jr Jornalista, editor do Portal Drauzio Varella e criador do podcast Entrementes, sobre saúde mental. @luizfujitajr