03/07/2018

Tatuagem e tatuadores.

Participei, em companhia de mais três colegas, de dois encontros com profissionais que se dedicam a arte da tatuagem, dia 14 de maio, na Galeria do Rock, e 23 de junho, no Shopping Frei Caneca, em São Paulo, SP.

Esses eventos, coordenados por uma profissional de enfermagem, tem por objetivo ministrar conhecimentos básicos sobre problemas dermatológicos ligados à realização de tatuagens.

Inicialmente um dos colegas aborda o tema das vacinas (por exemplo, da Hepatite B e do Tétano). É também enfatizada a importância da higiene do ambiente onde se realiza o procedimento e a utilização de materiais de boa qualidade (tintas e agulhas, por exemplo). O profissional deve ficar atento aos problemas de saúde da clientela (diabete, Aids, psoríase, entre outros) e não tatuar sobre lesões névicas (pintas) e verrugas.

No encontro do dia 23 de junho, participou também um professor de História e pesquisador do tema Tatuagem, que relatou fatos históricos muito interessantes com ilustrações pertinentes.

Em ambos encontros foi realizada uma sessão interativa onde a plateia foi estimulada a responder questões relativas a problemas dermatológicos ligados à prática de tatuagem. Esta atividade foi bastante extensa e fartamente documentada.

Também foi lembrada a importância de tatuagens que recuperam a autoestima de pacientes, como ocorre nas mulheres mastectomizadas.

É ainda importante a tatuagem que pacientes diabéticos realizam para informar aos médicos e paramédicos sobre seu problema, caso estejam em coma. Esse aspecto foi tema de reportagem jornalística com depoimentos de vários pacientes.

Helena Müller é dermatopatologista e Professora Adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. dra.helenamuller@gmail.com