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Associação de dipirona, isometepteno e cafeína combate cefaleias primárias agudas

Estudo publicado na revista Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo teve como objetivo avaliar a eficácia, tolerabilidade e adesão de uma combinação fixa de dipirona, isometepteno e cafeína, em comparação com paracetamol e placebo, para o tratamento de cefaleias primárias agudas.

Concluiu-se que, em pacientes com episódios de cefaleia primária aguda leve a moderada, a associação de dipirona, isometepteno e cafeína, utilizada no Brasil para o tratamento de cefaleias primárias agudas, obteve um ganho terapêutico substancial com a terapia combinada, versus paracetamol e placebo. Foi reportado ainda um perfil de segurança favorável e tolerável.

Foi realizado um estudo prospectivo, multicêntrico, randomizado, duplo-cego, cruzado, controlado por placebo e de fase IV. Um número aproximadamente igual de pacientes recebeu a combinação de dipirona 300 mg, isometepteno 50 mg e cafeína 30 mg (terapia combinada), paracetamol 200 mg/ml ou placebo (solução oral). O desfecho primário de eficácia consistiu na proporção de pacientes com ausência total da dor após 120 minutos, sem reincidências ou uso de medicamento de resgate por 24 horas.

Entre 99 pacientes, o desfecho primário foi alcançado por 61,8%, 48,7% e 28,9% dos pacientes tratados com terapia combinada, paracetamol e placebo, respectivamente. Melhora significativa foi observada na gravidade da dor com a terapia combinada em 30 e 90 minutos e na interferência da cefaleia nas atividades diárias após 30 minutos versus paracetamol. Ambos os tratamentos ativos apresentaram maiores níveis de satisfação versus placebo, após 24 horas. Nenhum evento adverso grave foi relatado.

O artigo, intitulado “Uso da associação de dipirona, isometepteno e cafeína na cefaleia primária leve a moderada: estudo randomizado, cruzado e duplo-cego comparativo com paracetamol e placebo”, de autoria de Pedro Andre Kowacs, Fabiana Roveda, Nívia Jardim Tosetto e Deusvenir de Souza Carvalho, está acessível, na íntegra e gratuitamente, em https://doi.org/10.26432/1809-3019.2019.64.3.199.

Leandro de Freitas Rodrigues

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