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Estudo indica que a maioria dos médicos brasileiros são sedentários e enfrentam doenças crônicas causadas por esse motivo

O professor Dr. Paulo Facciolla Kertzman, do Departamento de Ortopedia e do Grupo de Medicina Esportiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) teve o artigo “Análise sobre a prática de atividades físicas realizada por médicos brasileiros e o impacto do isolamento social durante a pandemia causada pela COVID-19” publicado na edição 3 – volume 6 da Revista Diagnóstico e Tratamento, que é produzida pela Associação Paulista de Medicina (APM).

Também assinam o artigo Valeska Beatrice Ferreira, residente de fisiatria no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP); Alessandra Freitas Russo e Michelly Wada Monteiro, médicas e diretoras do Programa Exercício é Remédio da FCMSCSP.

O trabalho, realizado na Santa Casa de São Paulo, analisou se os médicos brasileiros praticam atividades físicas regularmente e se houve algum impacto nesse aspecto com a pandemia do novo coronavírus. Foi verificado, ainda, se os médicos orientam e prescrevem atividades físicas aos pacientes. Ao mesmo tempo que a maioria dos profissionais afirma reconhecer que a prática de atividade física é importante no tratamento de diversas doenças, como hipertensão arterial, diabetes, obesidade, depressão e câncer, a conclusão do estudo indica que a maioria dos médicos brasileiros são sedentários e enfrentam doenças crônicas causadas ou pioradas pelo sedentarismo. O isolamento social devido à pandemia pela covid-19 causou piora nos índices de sedentarismo entre os médicos entrevistados.

Segundo pesquisa, 84% dos médicos brasileiros são sedentários

Os autores destacam os benefícios da prática regular de atividades físicas para a saúde, tanto na prevenção como no auxílio ao tratamento de diversas doenças, havendo confirmação desses benefícios por inúmeras publicações científicas. No entanto, o sedentarismo ou a inatividade física na população ainda é muito prevalente. Com a pandemia, a necessidade de isolamento social e o fechamento dos locais de prática de atividades físicas, aumentaram as dificuldades para a sua realização.

Por meio de questionário digital, foram obtidas 1.215 respostas de médicos de todos os estados brasileiros, que evidenciaram a pouca atividade física praticada pelos profissionais brasileiros, com 84% de sedentarismo e que piorou ainda mais com a pandemia. A incidência de obesidade, diabetes e hipertensão arterial foram detectadas na amostragem. Contraditoriamente, a maioria dos médicos responderam que costumam orientar os
pacientes sobre a importância da prática regular de atividades físicas. Os principais fatores para a alta taxa de sedentarismo são a falta de tempo e de hábito, além da falta de capacitação durante o período em que estudaram.

Leandro de Freitas Rodrigues

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