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Falta de informação dificulta adesão ao tratamento da asma grave

Muitos pacientes abandonam o tratamento da asma grave e só recorrem aos medicamentos quando têm crises.

A asma é uma doença inflamatória crônica de alta incidência, pois atinge 300 milhões de pessoas no mundo inteiro. No Brasil, existem cerca de 20 milhões de pessoas com a doença, sendo que, entre esse grupo, de 5% a 10% têm o tipo grave, que exige uma conduta diferenciada. Durante o XII Congresso Brasileiro de Asma, realizado em João Pessoa (PB) em agosto de 2019, especialistas foram unânimes em afirmar que, sem o tratamento adequado, a doença pode ser fatal. Em média, ocorrem 6 mortes por dia no mundo em decorrência da asma grave.

Mesmo assim, a adesão ao tratamento ainda é um desafio. Hoje, apenas 12% dos pacientes com asma estão com a doença controlada. Quando falamos em doença controlada, nos referimos àqueles pacientes que, tomando os medicamentos corretamente, não apresentam sintomas e realizam suas atividades do dia a dia normalmente. “Infelizmente, o que a gente vê é que o paciente se adapta à gravidade da doença. Em muitos casos, ele tinha uma vida normal, praticava esportes, subia escadas e com a asma vai se limitando para evitar situações com risco de crise. Se o paciente deixou de fazer as coisas, isso não é normal. O normal é fazer as mesmas atividades de antes”, explica o dr. João Rio, endocrinologista pediátrico e gerente médico da companhia farmacêutica GSK.

Por isso, ele recomenda que o paciente relate ao médico todas as limitações ou complicações que enfrenta em decorrência da asma, como, por exemplo, se tem ou não dormido bem. A ideia é que o tratamento seja eficaz a ponto de permitir que o indivíduo retome todas as suas atividades. Do contrário, significa que a doença não está totalmente controlada.

Para o dr. Roberto Stirbulov, pneumologista e professor adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, falta a consciência nos pacientes de que a asma é uma doença crônica. Em muitos casos, o paciente tem uma crise, toma o medicamento e depois abandona o tratamento. Porém, sem o tratamento, as crises se tornam mais frequentes e, consequentemente, o número de internações também. É preciso lembrar que não se utiliza o remédio apenas quando ocorre uma crise, mas sim para evitar as crises.

Leia reportagem completa aqui.

Leandro de Freitas Rodrigues

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