A anemia ferropriva é uma doença que ocorre por conta da deficiência de ferro no corpo, reduzindo o volume de hemoglobina e hemácias – células sanguíneas que transportam oxigênio para os tecidos do organismo. O ferro é um importante nutriente para o corpo e está ligado à produção de glóbulos vermelhos e à fabricação de oxigênio dos pulmões para as células.
Esse tipo de anemia, estudada em uma faculdade de Medicina, causa desânimo, cansaço, fraqueza e pele pálida, por exemplo. A anemia ferropriva é um quadro grave, podendo colocar o paciente em risco se a hemoglobina estiver abaixo de 11 g/dL para mulheres e de 12 g/dL para homens, o que impede a realização de cirurgias. A doença é mais frequente em mulheres e crianças, vegetarianos ou pessoas que realizam doações de sangue com frequência.
Os sintomas iniciais da doença podem passar despercebidos pelo paciente. Porém, com o agravamento da ausência de ferro, eles se tornam mais fortes e recorrentes.
Alguns sintomas são:
No dia 26 de agosto do ano passado (2021), foi apresentada, pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), uma atualização do documento “Consenso sobre anemia ferropriva: mais que uma doença, uma urgência médica”, de 2018. As alterações foram desenvolvidas pelos Departamentos de Nutrologia e de Hematologia da SBP em parceria com o Departamento de Nutrição Infantil da Sociedade de Pediatria de São Paulo e o Centro de Excelência em Nutrição e Dificuldades Alimentares (Cenda) e Instituto PENSI, da Fundação José Luiz Egydio Setúbal.
Em relação ao diagnóstico da doença, a modificação aponta a realização de exame laboratorial de deficiência de ferro, na presença ou não de anemia, logo aos 12 meses de vida. Caso haja suspeita na presença de fatores de risco, a investigação deve ser feita de imediato, essencialmente na falta de profilaxia adequada com ferro.
O documento sugere os seguintes exames: hemograma (para investigação da hemoglobina, índices hematimétricos [VCM, HCM, RDW] e morfologia dos glóbulos vermelhos); ferritina sérica, como marcador da fase de depleção dos estoques; e proteína C reativa, para que seja localizado o processo infeccioso. Já em relação ao tratamento da doença, a atualização publicada recomenda a administração de ferro oral na dose de 3 a 6 mg de ferro elementar/kg/dia, em dose única ou fracionado, durante seus meses ou até a reposição dos estoques corporais (apontados pela normalização da Hb, VCM, HCM, ferro sérico, saturação da transferrina e ferritina sérica).
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