Câncer de esôfago: informações importantes para prevenir

O câncer é uma doença com diversas tipificações e que afeta vários órgãos. Um tipo de câncer que proporciona alto risco às pessoas é o câncer de esôfago.

O que é câncer de esôfago?

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de esôfago ocupa o 6º lugar de ocorrências em homens, enquanto em mulheres ocupa o 15º lugar no Brasil. Com relação ao ranking mundial, está posicionado em 8º lugar e afeta duas vezes mais os homens.

Esse câncer de grande risco é desenvolvido quando há alterações das células do esôfago, tornando-as malignas. Quando o câncer ocasiona diversos sintomas, é sinal de que já está em estado mais avançado, e a probabilidade do câncer de esôfago levar o paciente a óbito é alta.

Principais tipos de câncer de esôfago classificados

Há dois principais tipos de câncer de esôfago classificados, o carcinoma escamoso e o adenocarcinoma, que possuem características diferentes e afetam pontos específicos.

Carcinoma escamoso

Esse tipo de câncer de esôfago ocorre quando há o acometimento da fração superior do órgão e tem como vítimas, geralmente, pessoas adeptas do tabagismo e pessoas que abusam de bebidas alcoólicas.

Adenocarcinoma

Esse tipo de câncer acomete mais vítimas que têm alguma outra doença, como gastrite, refluxo e pessoas com obesidade. A adenocarcinoma aparece entre o esôfago e o estômago na maioria dos casos.

Sintomas de câncer no esôfago

Os sintomas frequentes de câncer no esôfago ocorrem quando a doença está em estágio avançado, decorrente disso, é muito importante que todas as pessoas realizem exames periódicos a fim de evitar o diagnóstico da doença somente em estado grave e para, consequentemente, aumentar as chances de cura.

Os sintomas de câncer de esôfago são:

  • ter mais dificuldade ao engolir alimentos mais densos e, conforme o quadro se agrava, líquidos também (disfagia);
  • ter uma tosse insistente e ficar mais rouco;
  • redução do peso de forma inadequada, chegando a 10% de perda do peso corporal e falta de apetite;
  • sentir um cansaço extremo para realizar qualquer tipo de atividade, como subir as escadas no dia a dia; 
  • ter uma sensação de estômago pesado e desconforto abdominal persistente;
  • sentir náuseas recorrentes e vômitos contendo sangue;
  • observar as fezes mais pastosas, com sangue, escuras ou com odor mais intenso;
  • sentir no estômago uma protuberância nodular ou em volta do umbigo;
  • sentir o gânglio linfático (ínguas) esquerdo inchado;
  • pele mais amarelada;
  • ter dor atrás do osso que fica localizado no meio do peito (dor retroesternal);
  • ter dor torácica.

Como é feito o diagnóstico?

Para o médico fornecer um diagnóstico ao paciente, é necessário realizar um exame de endoscopia, pois, por meio desse exame, será possível analisar o esôfago e o estômago e identificar alterações, caso existam.

Após o exame de endoscopia, se for identificado algum tipo de nódulo ou outro tipo de variação no estômago e esôfago, o médico irá recomendar ao paciente uma realização de biópsia, em que irá recolher uma amostra do tecido do órgão a fim de estudar as células e suas características. 

Outros exames necessários para pacientes que estão com disfasia são o exame de raios X do esôfago, um exame de sangue com hemograma com a finalidade de observar se o indivíduo está com anemia e um exame de fezes para verificar se há resquícios de sangue.

Após esses exames, o profissional da saúde poderá identificar o tipo e estágio em que a doença se encontra. 

O tipo de câncer de esôfago também é levado em conta para o diagnóstico. Há 4 estágios:

Estágio I

Quando o paciente está com um tumor na parede do esôfago que tem um tamanho com variação de 3 a 5 mm, porém sem metástase, aumentando a probabilidade de cura.

Estágio II

Quando há um crescimento da parede do esôfago maior do que 5 mm, mas que ainda não tem metástases, portanto com chances maiores de cura.

Estágio III

Nesse caso, a probabilidade de cura reduz consideravelmente pois ocorre um espessamento da parede do órgão, afetando, consequentemente, o tecido ao redor do esôfago.

Estágio IV

Quando o organismo já foi tomado pelas metástases, reduzindo ainda mais as chances de cura do câncer.

Quais as principais causas de câncer de esôfago?

As causas de câncer de esôfago estão ligadas diretamente a hábitos ou doenças já existentes, como:

  • ser uma pessoa adepta do tabagismo;
  • tomar bebidas alcoólicas de forma excessiva;
  • ser uma pessoa que, em sua alimentação, consome bebidas e comidas extremamente quentes;
  • pessoas que estão com quadro de obesidade e não têm uma vida ativa;
  • pessoas que sofrem com o esôfago de Barrett (refluxo) há tempos e, devido a isso, possuem lesões na parede do esôfago;
  • indivíduos que sofrem com acalasia;
  • pessoas que têm gastrite;
  • histórico de câncer na cabeça ou no pescoço;
  • pessoas que ingerem ou que ficam muito expostas a substâncias alcalinas, como o cloro.

Além dessas causas, o fato de ter mais de 55 anos de idade e ser do sexo masculino faz com que a probabilidade do diagnóstico ser positivo para câncer de esôfago aumenta.

Como é o tratamento do câncer de esôfago?

Após o diagnóstico, o profissional da saúde irá selecionar o tratamento de acordo com o perfil do paciente, como idade, histórico médico, sintomas apresentados e tipo de câncer.

  • Cirurgia: realização da remoção de parte do esôfago e, se for necessário retirar todo o órgão, será preciso repor com uma prótese artificial;
  • Radioterapia: tem a finalidade de impossibilitar que haja um aumento das metástases;
  • Quimioterapia: para eliminar as células que sofreram alterações, são utilizados medicamentos como comprimidos e injeções intravenosas ou intramusculares.

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