A ação ocorreu em 9 de junho e desenvolveu ações interdisciplinares com os cursos de Medicina e Fonoaudiologia da Faculdade
No dia 9 de junho ocorreu a 8ª edição do atendimento do Projeto Saúde em Libras para o Surdo (SALIS). O SALIS é um projeto de extensão da Faculdade que surgiu em 2015, sob coordenação de uma ex-professora Surda do curso de Fonoaudiologia, a Profª Dra. Sylvia Lia Neves, que consiste em realizar ações que envolvam cuidado em saúde para a pessoa Surda, envolvendo diferentes abordagens e profissionais de saúde.
Uma das ações do projeto é oferecer atendimentos interdisciplinares para pessoas Surdas usuárias da Língua Brasileira de Sinais, a Libras. Nesta edição, tivemos a presença de 27 pacientes, que se inscreveram para participar do atendimento que consistiu em realizar uma triagem de saúde por meio de teste de glicemia, medidas de antropometria, aferição de pressão; audiometria; renovação de laudo e orientação sobre saúde.
Nesta edição de atendimentos, o Projeto SALIS contou com a participação de alunos voluntários do 3º e 4º ano do curso de Fonoaudiologia e alunos da disciplina “Atividades Integradoras Extensionistas II”, do 2º ano do curso de Medicina.
Também estiveram presentes as professoras Maria Cecilia Greco, Izabelle Regina Vasconcelos Silva, Guadalupe Marcondes de Moura, Marcia Nogueira Castaldi Abel e Celina Siqueira Barbosa Pereira, que realizaram a supervisão dos atendimentos, juntamente com o Dr. Adilson Cordeiro – preceptor do curso de Medicina, e as atuais Coordenadoras do projeto, as professoras Aline Andriotti de Moraes e Beatriz Porto Lopes Verzolla.
De acordo com a Profª Dra. Beatriz Lopes Porto Verzolla, uma das coordenadoras do Projeto Salis, a atividade extensionista é essencial para a melhoria da saúde pública paulista.
“A gente tem uma grande dificuldade de acesso à saúde para pessoas surdas que são usuárias de língua de sinais, porque os serviços de saúde não têm profissionais que são bilíngues, que sabem língua de sinais. E muitos dos serviços também não têm intérprete de língua de sinais. Então essas pessoas, quando vão para o serviço, não encontram atendimento qualificado ou tem alguma falha de comunicação em relação ao seu atendimento e perdem informações básicas de saúde. Por isso, ainda que seja só uma triagem de saúde, a gente consegue fazer orientações. Eles fazem audiometria para renovar o laudo e conseguir renovação do bilhete único de transporte, por exemplo. Agiliza muito o atendimento de saúde deles e eles acabam saindo com algumas orientações básicas”, explica a professora.
O Projeto Salis também influencia diretamente na formação dos alunos. De acordo com a professora, “para os alunos é muito enriquecedor, porque é uma oportunidade que não tem em qualquer lugar: uma formação profissional em saúde, em língua de sinais e o atendimento a uma população que eles não vão ver com tanta frequência em tantos locais”, diz.
Todos os voluntários e extensionistas do SALIS passaram por uma capacitação ao longo do semestre tanto para Libras, quanto para o atendimento voltado para a pessoa Surda.
Nesta edição, os alunos também realizaram a aplicação de um projeto de extensão desenvolvido ao longo do semestre sobre os principais cuidados da saúde da mulher, para desmistificar sobre os cuidados e prevenções da saúde sexual, além de orientar as mulheres Surdas que passaram pela triagem.
O Projeto SALIS atuou na Clínica de Fonoaudiologia Profª Maria do Carmo Redondo “CARMINHA” e contou com quatro salas para audiometria, uma sala de consulta de otorrinolaringologia, cinco salas de triagem de saúde, uma sala de avaliação de atendimento e uma sala para as orientações em saúde para cada paciente.
A próxima edição de atendimento do Projeto Salis ocorrerá em novembro, para acompanhar as próximas ações, basta seguir o Instagram do Projeto.