A acessibilidade deve ser entendida em seu amplo espectro, enfatizando a acessibilidade atitudinal, pois é a atitude da Instituição de Ensino Superior (IES) que impulsiona a remoção de barreiras para que haja um processo de efetiva inclusão.
O princípio da transversalidade reposiciona a acessibilidade que, por meio do atendimento especializado, garante os recursos necessários à participação e aprendizagem de todos os alunos, incluindo aqueles com qualquer tipo de deficiência, necessidade ou dificuldade durante sua trajetória educacional.
Essas transformações resultam de uma evolução conceitual que acompanha o avanço do conhecimento científico. Assim, a acessibilidade para a inclusão plena deixa de constituir uma organização paralela ao sistema regular comum e passa a assumir a transversalidade e a intersetorialidade em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino.
A responsabilidade social, que ultrapassa a esfera do compromisso para se tornar dever e parte da essência da educação superior, exige das instituições de ensino superior (IES) novos posicionamentos e procedimentos baseados em concepções e práticas pedagógicas mais evoluídas. Estes procedimentos devem acompanhar os avanços conceituais e teóricos advindos das teorias educacionais e deve se traduzir em ações concretas que supram as necessidades da população que atende.
Um dos aspectos primordiais da responsabilidade social é de estabeler uma política de acessibilidade voltada à inclusão plena dos estudantes, em especial aqueles com necessidades de atendimento diferenciado, uma vez que o primeiro indicador de qualidade da educação a ser almejado em um sistema educacional inclusivo, será sempre o “acesso”.
A proposição de uma política marca o caráter transversal da acessibilidade e este princípio da transversalidade promove sua inserção nas diferentes ações e instâncias dentro da IES enfatizando que o reconhecimento e a valorização da diferença humana, através da acessibilidade, devem estar presentes em todas as demais políticas e programas da Instituição.
Estes fundamentos políticos-conceituais nos quais se assenta a acessibilidade devem se materializar em um conjunto de ações e programas que constituam um marco de legitimidade da IES como espaço de qualidade da educação para todos. Desta forma, assumindo o compromisso e a responsabilidade social de assegurar a seus estudantes condições plenas de participação e aprendizagem, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), criou, em 02 de outubro de 2013, através da Portaria GD nº 024/2013, o Núcleo de Acessibilidade Institucional (NAI).
A FCMSCSP, cumprindo sua missão pública, promovendo os valores democráticos, a dignidade humana, a igualdade de direitos, reconhecendo e respeitando as diferenças e diversidades, entende que, propiciar condições de acessibilidade, é materializar os princípios da inclusão educacional que implicam em assegurar não só o acesso, mas condições plenas de participação e aprendizagem a todos os estudantes.
Para tanto, cultiva não só os conhecimentos técnicos acerca da educação inclusiva, mas o compromisso político e ético com a educação como direito de todos, demonstrando o interesse em programar e implantar ações e projetos relacionados à acessibilidade em toda a sua amplitude, e que atendam àqueles que tenham impedimentos – de natureza física, intelectual, sensorial, psicológica, pedagógica e social – que possam obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas.
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Desde sua criação até dezembro do ano de 2020, 418 alunos já haviam passado pelo Núcleo, quer seja por encaminhamento, quer seja por busca espontânea. Alguns para orientações simples, outros para adaptações e atendimentos especializados. Destes, 44 alunos estavam em acompanhamento nesta data, sendo 18 em situação de alerta.
Em janeiro de 2021, a partir da experiência acumulada nestes anos de atividade, todo o sistema passou por uma revisão para, – de acordo com a legislação vigente, respeitando e valorizando as características peculiares desta Instituição e o perfil do aluno, – determinarmos de forma precisa o âmbito de atuação do Núcleo, com clareza sobre (1) o público-alvo (2) os objetivos, (3) os serviços e (4) os processos.
Alunos de Graduação com deficiência física, sensorial (cegueira ou baixa visão, surdez ou deficiência auditiva), intelectual e/ou necessidades ou condições especiais educacionais, de comunicação, psicológicas e sociais, incluindo:
Os estudantes de Pós-Graduação não estão contemplados no Núcleo, mas estamos à disposição para esclarecer dúvidas e auxiliar no encaminhamento dentro da Instituição conforme a necessidade.
Para além do cumprimento dos preceitos conceituais e legais da educação inclusiva, o Núcleo tem como objetivos:
O NAI não tem uma estrutura física com equipe própria. Desta forma, para a realização de suas finalidades, compõe-se em setores que se apoiam e fazem uso de estruturas, profissionais e funcionários dos demais órgãos da Instituição, em um sistema integrado de ações e, na prática da intersetorialidade e da transversalidade, tem entre seus membros, profissionais oriundos de diferentes formações, para que estejam contempladas as diversas dimensões do conceito de acessibilidade.
Assim, as ações e adaptações sugeridas pelo Núcleo de Acessibilidade Institucional, sempre decorrem da consulta a especialistas da própria Instituição e se assentam na estrutura das demais áreas de atuação do organograma institucional.
Para melhor organização de suas atividades, os serviços do Núcleo se distribuem nos seguintes setores:
Desta forma todo o espectro da acessibilidade é considerado, desde os aspectos ligados à infraestrutura até aqueles que dizem respeito à organização didático-pedagógica, aos aspectos psicológicos e acadêmicos, de tal forma que todo e qualquer aluno que apresente uma deficiência, uma dificuldade, uma maneira peculiar de lidar com o saber, ou que necessite de quaisquer recursos adicionais para viabilizar seus processos de participação e aprendizagem nos espaços educacionais, seja considerado.
Além destes, também é possível acessar os serviços, recursos e equipamentos de tecnologia assistiva nesta página.
O Núcleo de Acessibilidade Institucional é composto pelos seguintes professores e técnicos administrativos:
Profa. Dra. Lívia Keismanas de Ávila (Coordenadora)
Profa. Dra. Bianca Maria Liquidato
Prof. Dr. Luiz Henrique Amaral
Profa. Dra. Mirna Duarte Barros
Profa. Dra. Noemi Takiuchi
Prof. Ms. Rafael Eidi Goto
Profa. Ms. Renata Pereira Condes
Profa Dra Tatiana Pontrelli Mecca
Sra. Juliana Maria Macruz
Sr. Laércio Rodrigues Lima
Sra. Leila Aparecida Souza Costa Sant’Ana (Secretária)
Legislação Educação Inclusiva maio 2021
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