O evento aconteceu entre os dias 2 e 4 e setembro e teve como tema a ‘Ciência e Inovação’
O Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) promoveu, entre os dias 2 e 4 de setembro, a XXII Jornada Acadêmica do curso de Fonoaudiologia. A atividade contou com a presença de alunos e professores do Curso de Fonoaudiologia e do Mestrado em Saúde da Comunicação Humana da Faculdade, bem como outros profissionais da saúde interessados no evento.
O tema deste ano foi sobre ‘Ciência e Inovação’ e visou debater sobre as principais inovações e atualizações na área da Fonoaudiologia.
A mesa de abertura contou com a presença da Diretora do Curso de Fonoaudiologia, a Profª Dra. Marina Padovani; a Coordenadora do Mestrado em Saúde da Comunicação Humana, a Profª Dra. Kátia de Almeida; e a Supervisora do Setor de Fonoaudiologia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP), a Profª Dra. Lucia Nishino.
De acordo com a Profª Dra. Kátia de Almeida, docente que está presente desde a primeira edição da Jornada, um dos objetivos da Jornada deste ano também é de homenagear os 22 anos do Curso de Graduação, além de fortalecer os vínculos profissionais e gerar troca de conhecimento entre discentes, docentes e profissionais renomados na área. Esta troca de conhecimento é necessária para uma formação de qualidade.
Para a Profª Dra. Marina Padovani, o pensamento crítico e a tomada de decisão profissional fazem parte da formação dos alunos, e o melhor lugar para esta formação é em um evento científico como a Jornada Acadêmica de Fonoaudiologia. “É em um evento científico onde a gente tem contato do que temos de mais atual da profissão”, diz.
“A reserva de mercado se dará com ética e com a qualidade da nossa atuação, ela não precisa ser imposta, ela precisa ser executada com qualidade, e o lugar disso é na atualização científica, onde a gente vai usar o que temos de melhor evidência para a nossa atuação”, reforça a professora Marina.
Já a Profª Dra. Lucia Nishino reforçou o papel da Fonoaudiologia para a sociedade. “A Fonoaudiologia permanece porque as pessoas precisam da Fonoaudiologia”, diz. “É uma profissão extremamente relevante, importante para a saúde das pessoas. Que ela continue dando qualidade de vida para toda a população. Nossa luta é pelo outro”, reforça a professora Lucia.
Com aula magna, palestras, estudos de casos e oficinas, o evento incentivou o conhecimento científico, a divulgação de estudos atualizados sobre diferentes especialidades da Fonoaudiologia, bem como o desenvolvimento educacional na Faculdade. A programação também contou com apresentações culturais, uma homenagem aos alunos do 4º ano do curso de Fonoaudiologia, que vão se formar no final deste ano, e o convite formal dos veteranos para seus professores e funcionários homenageados.
Considerado pela Profª Dra. Margarita Wieselberg como necessária, a programação foi pensada na formação dos alunos da Faculdade. Já para a Profª Dra. Adriana Rahal, a ideia da jornada foi abranger a maior parte dos temas da atualidade.
“Desde a inteligência artificial até o público LGBTQIA+, selecionamos todos os temas que são importantes para a formação do fonoaudiólogo, quer seja as áreas de linguagem, de motricidade orofacial, de voz, de audiologia e da gagueira”, explica a professora Adriana.
Com um rico conteúdo, a programação da Jornada como um todo foi elogiada por alunos e professores. Para esta edição, o destaque foram os renomados profissionais presentes.
Uma das palestras mais citadas foi a de “Gestão de Carreira”, realizada pela Profª Dra. Mara Behlau. Segundo os alunos do 1º ano do Curso de Fonoaudiologia, Ryan Vitorino, Quezia Rodrigues e Julia Gallo, foi emocionante conhecer as maiores referências na Fonoaudiologia, e que fazem parte do conteúdo que estudam durante a graduação, presencialmente.
A opinião dos alunos também foi reforçada pela Profª Dra. Adriana Rahal, que diz que todas as palestras foram de ‘altíssimo nível’. “A Profª Dra. Mara Behlau é uma referência internacional e uma das pessoas mais importantes dentro da Fonoaudiologia, então a gente já começou com chave de ouro”, diz.
A Jornada de Fonoaudiologia também proporcionou a apresentação do Ambulatório Trans que a Faculdade atua e o papel do fonoaudiólogo na inclusão de pessoas LGBT+, tanto em pesquisas, quanto em atendimentos clínicos. Distúrbios do Sono e seus diferentes tipos, Neuromodulação, Seletividade Alimentar e Transtorno Motor também foram palestras e estudos de casos importantes para a formação dos presentes ao apresentar casos reais de pacientes e seus respectivos tratamentos fonoaudiológicos.
O impacto positivo que o evento tem para alunos, profissionais da saúde e para a própria Faculdade é fruto da atuação da Comissão Organizadora da Jornada, que representa um corpo docente altamente qualificado.
“Os professores da Fonoaudiologia da Faculdade são professores com bastante renome dentro da nossa área. O fato de termos professores aqui muito importantes possibilita que a gente consiga trazer pessoas tão renomadas como nós trouxemos”, explica a professora Adriana Rahal.
No encerramento do evento, foi reforçado o objetivo de integração entre disciplinas, mas, também, dentro da própria Fonoaudiologia, entre as várias especialidades. “Hoje precisamos saber um pouco de tudo e estar atento a tudo para que a gente possa dar a melhor assistência a nossos pacientes”, conclui a Fonoaudióloga Elisabete Giusti.
A XXII Jornada de Fonoaudiologia também contou com cinco ricas oficinas focadas em Fonoaudiologia e Inovação. No primeiro dia, os inscritos puderam acompanhar a oficina “Uso de recursos visuais no desenvolvimento de habilidades de crianças com TEA”, com a Fonoaudióloga Talita Ferigato. Na oportunidade, Talita pode apresentar produto criado em seu Mestrado em Saúde da Comunicação Humana, onde produziu materiais de orientação para atividades diárias de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), desenvolvendo, também, habilidades motoras, cognitivas, sociais e acadêmicas destas crianças.
Os alunos também puderam participar da oficina “Lego Serious Play: Fonoaudiologia e inovação”, realizado no primeiro e último dia pela Fabiane Cauneto. Nas oficinas, os participantes puderam construir peças de Lego que pudessem representá-los, tanto uma característica sua, tanto uma situação em que esta característica não foi bem compreendida, quanto como este adjetivo pode ser utilizado para inovar no atendimento da Fonoaudiologia.
Já no segundo dia de Jornada, os alunos puderam participar da oficina “Brinquedos e brincadeiras na prática fonoaudiológica”, com as docentes Juliana Perina Gândara, Guadalupe Marcondes de Moura e Camila Barboza Andrade e o projeto de extensão EcoFono. Na oportunidade, os alunos puderam conhecer, na teoria e na prática, não só a importância do brincar para o desenvolvimento da criança, mas, também, formas de produzir brinquedos de maneira sustentável, com uso de materiais recicláveis.
No segundo dia, os alunos também puderam participar da oficina “Manejo clínico da amamentação: apoio em todas as situações”, com Sayonara Medeiros, onde, inicialmente, apresenta a atuação do Banco de Leite Lactare, que conecta quem pode doar leite com quem precisa da doação. Após a apresentação, os presentes se dividiram em quatro estações para compreender a importância da amamentação, do leite humano e da conexão da mãe e do bebê desde o útero até o período puerpério, bem como de conhecer as melhores formas de se amamentar um bebê.
Já no terceiro dia da Jornada, para além da oficina do Lego, os participantes também puderam participar da oficina “Tecnologia e Conectividade 360º na adaptação dos dispositivos de amplificação”, com Isabela Tavian e Ana Laura Thibes, onde os estudantes puderam aprender como fazer o molde do aparelho auditivo, além de um aparelho de ouvido sem fio, conetado por wireless e gerenciado por um controle remoto que também pode ser utilizado como uma forma de amplificar o som que o paciente escuta.