vem pra santa

Professores do Departamento de Ciências Fisiológicas da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), em conjunto com professores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foram contemplados com o fomento do Programa Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O projeto em conjunto visa criar um Centro de Inovação Teranóstica do Câncer.  

Aprovado em maio de 2023, o Centro de Inovação Teranóstica do Câncer (CancerThera) recebeu um investimento de aproximadamente R$ 40 milhões da FAPESP e terá duração de cinco anos, com possibilidade para estender por mais dois períodos de três anos.  

O CancerThera reúne pesquisadores das mais diversas áreas de atuação, como, por exemplo, Oncologia Clínica, Onco-Hematologia, Química, Medicina Nuclear, Farmácia, Estatística, Biologia e Física. Além das amplas áreas de conhecimento, a pesquisa também reúne pesquisadores de diferentes faculdades, entre elas a FCMSCSP. 

O projeto desenvolve atividades de pesquisa, inovação e difusão do conhecimento com o objetivo de ser centro de referência mundial no estudo translacional de teranóstica em câncer, ou seja, de pesquisar, inovar e difundir a respeito da abordagem oncológica que envolve, simultaneamente, a ‘terapia’ e o ‘diagnóstico’ de diferentes tumores.  

Representando a Instituição, a Profª Dra. Luciana Malavolta Quaglio e o Profº Dr. Leonardo Lima Fuscaldi atuam como pesquisadores principal e associado, respectivamente, na linha de pesquisa “Desenvolvimento de potenciais radiofármacos baseados em moléculas peptídicas”.  

De acordo com a Chefe do Departamento de Ciências Fisiológicas, a Profª Dra. Luciana Malavolta Quaglio, a pesquisa envolve a identificação de peptídeos, moléculas bioativas, direcionadas a receptores superexpressos em tecidos tumorais e a marcação radioativa destas moléculas para o diagnóstico e/ou fins terapêuticos. 

Ainda segundo a professora, a abordagem teranóstica tem ganhado destaque mundial na área oncológica. “Sabemos que o câncer é um importante problema de saúde pública em todo o mundo e está entre as principais causas de morte”, diz. 

“Assim, a identificação de novas moléculas com alta especificidade para o diagnóstico precoce, bem como, para o tratamento de pacientes com câncer é altamente desejável”, explica a professora Luciana. 

A integração dos professores à equipe de pesquisa do CancerThera gera o desenvolvimento de pesquisas e novas abordagens na área de Medicina Nuclear, com potenciais benefícios à saúde pública e a ciência. Além disso, com o envolvimento dos professores neste amplo projeto, a Faculdade apoiou a criação de um Laboratório de Radioquímica junto ao novo Biotério. 

“Esse laboratório é destinado ao desenvolvimento dos projetos que envolvem a radiomarcação dos peptídeos propostos por nosso grupo, além de outras moléculas de interesse”, aponta a professora.  

O novo laboratório está sendo equipado com a verba do projeto CEPID. Além disso, também foram aprovadas quatro bolsas de recursos humanos para auxiliar no desenvolvimento da pesquisa, sendo elas: uma bolsa de iniciação científica, uma bolsa para o Mestrado, uma para o Doutorado e uma para o Pós-Doutorado. 

Em setembro, os professores representarem a FCMSCSP no 38º Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear, organizado pela Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) e realizado no Centro de Convenções Rebouças em São Paulo. Além da apresentação de trabalho científico com a participação de alunos de iniciação científica da Faculdade, os professores proferiram palestras relacionadas ao tema de sua linha de pesquisa.

Para mais informações sobre o projeto CancerThera, acesse o site.