Os investimentos da Rede BURITI chegam a R$ 14 milhões, contribuindo para melhorar o acesso de pessoas com Síndrome de Down aos serviços de saúde
A Profª Dra. Rosane Lowenthal, vice-diretora do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), integra primeira rede nacional de pesquisa em Síndrome de Down, a Rede Brasileira de Pesquisa, Formação, Inovação, Tecnologia & Inclusão para a Síndrome de Down (BURITI-SD).
O resultado do edital realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) representa um marco significativo na busca por avanços científicos, inovação e impacto social. A Rede BURITI-SD reúne pesquisadores, profissionais de saúde e entidades atuantes na causa da Síndrome de Down, trabalhando em conjunto para impulsionar descobertas e práticas que ampliem a qualidade de vida e a inclusão social de pessoas com Síndrome de Down, inclusive crianças e adolescentes. Assim, a criação desta plataforma representa um marco significativo na busca por avanços científicos, inovação e impacto social.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovou um financiamento de R$ 9 milhões, e o Alana, grupo de impacto socioambiental que promove e inspira um mundo melhor para as crianças, apoiará, por meio de uma iniciativa filantrópica, com mais R$ 5 milhões, totalizando R$ 14 milhões para a iniciativa. Este é o primeiro edital do MCTI lançado especificamente para criar uma rede brasileira de pesquisa e desenvolvimento em Síndrome de Down.
Com o início das atividades previsto para o começo de 2024, os recursos deverão viabilizar os seguintes objetivos da rede pelos próximos três anos:
“Esta é uma iniciativa inovadora, pois é a primeira vez que uma agência de fomento faz um edital de pesquisa com um financiamento exclusivamente para pesquisas com síndrome de Down”, diz a Profª Dra. Rosane Lowenthal.
A Rede BURITI – SD, cujo nome é inspirado na árvore alta de alimento ou de vida em Tupi-Guarani, irá fomentar o desenvolvimento de um programa de pesquisas multidisciplinares em neurociência, biologia, genética e epidemiologia, além da criação de futuras oportunidades de fomento para pequenos projetos regionais.
Segundo a professora Rosane, a formação de uma Rede de Pesquisadores em Síndrome de Down tem como objetivo maior a inclusão das pessoas com a síndrome na sociedade. “Assim, melhora a autonomia, independência e, principalmente, garantirá qualidade de vida com base em evidências científicas levando em conta o contexto brasileiro”, explica.
“É extremamente importante para a Faculdade fazer parte deste grupo, pois, além de ampliarmos as nossas parcerias com pesquisadores renomados de universidades públicas de diversas partes do Brasil e do Exterior, somos a única faculdade privada do grupo, e teremos aqui na Instituição uma linha de pesquisa em síndrome de Down”, conclui a pesquisadora.
De forma pioneira, a Rede BURITI-SD articula a colaboração entre a comunidade científica e a sociedade civil em prol de objetivos comuns. Além da vice-diretora de Medicina da FCMSCSP, integram a rede os pesquisadores: o Prof. Dr. Orestes Forlenza, coordenador do projeto e docente da FMUSP; o Prof. Dr. Augusto Guerra, da UFMG; a Profª Dra. Gabriela Arantes Wagner e a Profª Dra. Luciene Covolan, da Unifesp; a Profª Dra. Érika Cristina Pavarino, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto; a Profª Dra. Susan Ribeiro, da Emory University School of Medicine (EUA).
Além destes pesquisadores, também participam o Dr. Gustavo de Sá Schiavo Matias, do Instituto Jô Clemente; a Dra. Claudia Moreira, da Alana Foundation. A rede também conta com o apoio de associações de Síndrome de Down que fazem parte da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD) e de instituições internacionais como Emory University School of Medicine, Alana Down Syndrome Center no MIT e Gothenburg University.