A Engenharia Clínica se destaca como uma especialidade altamente relevante para garantir a segurança, eficiência e qualidade dos serviços prestados nos hospitais e clínicas
A área da saúde está em constante evolução, e com ela, a demanda por profissionais qualificados e atualizados com as últimas tecnologias. A Engenharia Clínica se destaca nesse cenário como uma especialidade altamente relevante para garantir a segurança, eficiência e qualidade dos serviços prestados nos hospitais e clínicas. Segundo dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), o número de engenheiros clínicos no Brasil cresceu 40% nos últimos cinco anos. E esta demanda solicitada pelo setor, traz algumas oportunidades para os profissionais: salários mais atrativos, atuação em diversos setores, como hospitais, clínicas, empresas de equipamentos médicos, órgãos públicos e instituições de pesquisa.
Recentemente, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, referência em ensino e saúde com avaliação máxima do MEC, anunciou que em agosto deste ano, o curso de Especialização em Engenharia Clínica estará ativo. O programa é feito para atender às necessidades do mercado, oferecendo ensino prático e técnico. Bruno Roma, engenheiro clínico, coordenador e professor do curso, nos deu uma entrevista e falou sobre a tendência do setor, impacto na área e futuro da profissão.
VC: O que o curso da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo oferece de diferencial nesta especialização?
Bruno: Estamos muito focados na prática, pois percebemos que o mercado valoriza de forma relevante este quesito. Não adianta ter só o conhecimento. É importante uni-lo à prática e entregar uma ferramenta completa para o futuro profissional da engenharia clínica valorizando a sua mão de obra. Além disso, vamos ensinar este aluno a construir um planejamento de estudos para que ele esteja sempre atualizado e preparado para gerenciar as tecnologias.
VC: Quais são as principais tendências para a área de Engenharia Clínica?
Bruno: O contínuo gerenciamento de equipamentos cada vez mais complexos e numerosos, com certeza. Temos visto diversos robôs sendo introduzidos pelos hospitais. Então, o engenheiro clínico precisará adquirir um conhecimento mais específico e isto, inclusive, está previsto em nosso curso. Uma outra tendência são os dispositivos mais vestíveis e cada vez menores. Fazer o gerenciamento de tudo isso eleva o nível de exigência do profissional para que ele se atualize e conheça ferramentas de inteligência artificial que hoje, são diferenciais importantes.
VC: Como a tecnologia está impactando a área?
Bruno: A tecnologia médica está em constante mudança e atualização. Isto gera um impacto no dia a dia do engenheiro clínico, pois ele precisa buscar uma forma de se atualizar sobre as novidades e particularidades da área. Muitas vezes o profissional chega em um hospital que possui diversas tecnologias que ele desconhece. Então, ele precisa de um roadmap, um planejamento de estudos para buscar o conhecimento necessário dessas tecnologias com as quais ele se depara.
VC: Quais são os desafios e oportunidades para o futuro da profissão?
Bruno: O desafio na engenharia clínica está ligado com o desafio das outras profissões, como a velocidade das inovações que é muito grande. Não dá para aprender tudo. É preciso escolher o que vai aprender e precisa ser rápido! Afinal, em pouco tempo, outra novidade aparece. A gente vê a própria Inteligência Artificial que começou com o ChatGPT. Hoje em dia já existem diversas ferramentas e cada uma delas muito específicas. Falando em oportunidade, são muitas. No desenvolvimento e no relacionamento com pessoas, por exemplo. A máquina fará coisas espetaculares, mas o relacionamento humano poderá ser mais bem explorado. E é importante dizer que quanto mais tecnológica for a nossa saúde, maior a necessidade de ter um profissional de engenharia clínica gerenciando essas tecnologias. Provavelmente teremos mais equipamentos domésticos, talvez até empresariais, como uma transportadora por exemplo. Não é da área da saúde, mas resolve instalar dispositivos de saúde vestíveis para os motoristas. De alguma forma, o engenheiro clínico torna-se o profissional que fará o gerenciamento dessas tecnologias. Enfim, são muitas oportunidades para nós, profissionais.
VC: Que conselhos o coordenador daria para os futuros profissionais de Engenharia Clínica?
A área de engenharia clínica tem se desenvolvido bastante nos últimos anos. A cada ano novas instituições começam a aderir a especialização e isso tem aquecido muito o mercado de trabalho. É um momento muito bom para se desenvolver. Um segundo ponto é em relação a valorização profissional. Temos grupos atuando em prol desta conquista desde os direitos trabalhistas, salário e benefícios sociais, também. Temos uma excelente oportunidade de conquistar segurança de trabalho e de ambiente. Então, para aqueles profissionais que ainda não estão na área de engenharia clínica, mas pensam em fazer uma transição de carreira, acredito que possa ser uma boa opção para aproveitar as oportunidades que estão se abrindo.
Invista em seu futuro e faça a diferença na área da saúde!
Se você se interessou pelo curso de Especialização em Engenharia Clínica da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a primeira turma se inicia em agosto de 2024. As matrículas já estão abertas e podem ser feitas por este link.
Assista ao episódio do Vital Podcast “Os Bastidores da Engenharia Clínica” e descubra mais sobre os detalhes e a importância desta profissão.
*Matéria via Vital C