2/5/2019
A fisioterapeuta Raquel Castanharo (à dir. na foto) e a médica ortopedista Ana Paula Simões (à esq.) ministraram, dia 2/5/2019, respectivamente, as palestras “Biomecânica da Corrida” e “Principais Lesões Decorrentes aos Erros de Pisada”, no Auditório do Pavilhão Fernandinho Simonsen, na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP).
Mestre em Biomecânica da Corrida e Especialista em Atendimento de corredores, Raquel lembrou que o pé é uma mola e que toda análise do movimento de pisada deve, sempre que possível, ser realizada numa perspectiva cinemática tridimensional. “É importante analisar sempre o movimento do pé – e não do tênis”, afirmou. “Todas as pessoas têm um desgaste maior dos tênis na parte lateral. A melhor recomendação é correr com o menor barulho possível, com a pisada o mais próximo possível do centro de gravidade.”
A fisioterapeuta apontou ainda que não é necessário um tênis específico para cada tipo de pisada e que o adequado controle do impacto da corrida nos pés diminui 63% o risco de lesão. “O como ocorre é muito mais importante do que com o que se corre”, afirmou. “Em relação a treinamento, pesquisas apontam que correr mais de 100 km por semana ou aumentar mais de 30% a rodagem semanalmente pode levar a lesões. Isso sem levar em conta elementos multifatoriais, como pessimismo ou problemas emocionais de diversas ordens.”
Professora Instrutora da e Mestre em Ortopedia e Traumatologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), Ana Paula enfatizou que a corrida traz múltiplos benefícios para a saúde a baixo custo e pode ser facilmente implementada pelas pessoas. No entanto, o excesso de treino, por exemplo, pode causar muitas das lesões que os pacientes levam para os consultórios. “Especificamente em relação ao tipo de pisada, as lesões podem ser mais no joelho ou no tornozelo”, comentou. “Há as fraturas por estresse na tíbia ou na fíbula também. A melhor
Ela mostrou ainda que estudos mostram que as pessoas geralmente acham que as lesões são causadas por fatores próprios, como a própria biomecânica no ato da corrida ou externos, pelo uso do tênis errado. “A análise biomecânica permite fornecer ao corredor informações para que ele realize a correção da própria biomecânica”, comentou.