10/08/2023
Nesta terça-feira (8/ago), a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) recebeu vestibulandos de Medicina para o “Portas Abertas 2023”. O tradicional evento, que é realizado pelo Departamento Científico Manoel de Abreu (DCMA), teve tour, roda de conversa e atividades de simulação prática. A abertura do encontro contou com a presença do coordenador de Cultura da FCMSCSP, o professor Dr. Decio Cassiani Altimari; da Diretora do curso de Medicina, a professora Dra. Giselle Burlamaqui Klautau; da vice-diretora do curso, a professora Dra. Rosane Lowenthal; e da representante do Marketing do DCMA, Anna Camargo.
Depois da abertura, os vestibulandos e os representantes do DCMA se separaram em grupos e realizaram um tour pelas instalações da FCMSCSP e pelo Hospital da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Após o tour, os alunos visitaram o Centro de Simulação e Treinamento da Faculdade para assistir e participar de Workshops práticos de Ausculta pulmonar, de Trauma e de Curativo. O evento foi encerrado com uma roda de conversa para o esclarecimento de dúvidas sobre a Faculdade, o preparo para as provas do Vestibular da FCMSCSP e sobre as possibilidades de permanência estudantil.
Nesta edição, foram disponibilizadas sessenta vagas para o Portas Abertas, quarenta a mais em comparação ao ano anterior. Para Laís, estudante do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Bandeirantes, o destaque do evento foram os workshops, principalmente o de Trauma. “Acho que ver um médico lidando com trauma faz a gente se apaixonar pela Medicina e querer cada vez mais, se esforçar ainda mais para estar no curso”, diz.
Para a futura médica, a Faculdade abrir as portas para quem tem interesse em fazer Medicina é uma ótima experiência. “Achei muito legal fazer esse evento. Sei que a Santa Casa é uma Faculdade muito boa, uma das melhores de São Paulo, então eu sempre tive interesse em vir pra cá e estudar aqui”, explica.
Já para a Isadora, também aluna do terceiro ano do Ensino Médio, participar de um evento como Portas Abertas é importante para quem está em dúvida sobre o que cursar e também para quem já sabe que quer estudar Medicina na Santa Casa e, assim, ter a oportunidade de conhecer os alunos, os professores e a dinâmica do curso.
“Eu gostei bastante do tour, de saber as histórias dos alunos e as lendas do Hospital, achei bem interessante. Achei legal também o fato dos alunos falarem que a Faculdade e o Hospital são abertos ao público”, diz Isadora.
Durante o tour, os alunos do DCMA reforçaram os principais diferenciais de se estudar na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo: as aulas práticas desde o primeiro ano do curso; o prédio da Faculdade inserido dentro do complexo hospitalar da Santa Casa e as inúmeras atividades extracurriculares que o curso oferece.
Para os alunos do Diretório Científico, conhecer o Pronto Socorro Central da Santa Casa e compreender que a ala estará sempre com as portas abertas para a população ser atendida — independente do horário e número de leitos —, e para a comunidade acadêmica aprender junto aos médicos e residentes agrega muito na formação.
Além disso, ao longo do tour foi informado sobre as aulas práticas de anamnese e de expressão corporal que ocorrem nos primeiros anos do curso, bem como a possibilidade de realizar o Projeto de extensão Santa Maluquice no prédio de Pediatria. O incentivo às ligas acadêmicas e ao esporte, opções da vida acadêmica que auxiliam na integração dos calouros, também foram comentados durante o Portas Abertas.
O Portas Abertas também pode apresentar um importante diferencial do ensino da Medicina, que é o currículo baseado em competências do curso. A grade curricular planejada em aliar o saber teórico à prática do dia-a-dia, independente do ambiente hospitalar que os alunos estiverem, também chama atenção dos vestibulandos.
No evento, quem pode apresentar a inovação e qualidade em ensino do curso foram os futuros professores desses vestibulandos. A simulação de Ausculta, por exemplo, foi ministrada pelo professor Dr. Ronaldo Colla. Segundo o professor, a Faculdade está inserida no maior hospital de portas abertas da América Latina em torno de volume de paciente, além disso, a forma como esta consulta ocorre, pela ausculta e pelo diálogo, garante um atendimento humanizado e, na maioria dos casos, um diagnóstico preciso sem necessidade de realizar exames complementares.
Após a simulação de Ausculta, também ocorreu a de Curativos, ministrada pelas professoras Dra. Victória Bottino e Dra. Graziele da Silva Barbosa. Já a simulação de Trauma foi realizada pelo professor Dr. Braian Veloso.
Considerado pelos alunos do DCMA como um diferencial da Santa Casa, o acolhimento entre alunos, professores e egressos da Faculdade também foi evidenciado por meio da roda de conversa. Nela, estiveram presentes o aluno da LXI Turma, Murillo Beolchi, e a aluna da LVI Turma e representante do Centro Acadêmico de Medicina (CAMA), Giovanna Genari.
Já virou tradição o professor Décio Altimari participar da abertura do Portas Abertas. Em 1963, durante a fundação da FCMSCSP, o professor foi convidado a avaliar o primeiro Vestibular. Um ano depois, foi contratado como professor instrutor. Participou da criação da disciplina de Genética Médica, até hoje coordenada por ele. Neste período de quase seis décadas, desempenhou diversas funções de direção na Instituição, participou de eventos como o Portas Abertas, o Pipão e formaturas de turmas, além de ter coordenado muitos vestibulares.
Nas edições do Portas Abertas, cabe a ele a tarefa de apresentar a história da Faculdade, que se inicia bem antes de 1963 — ano da realização do primeiro vestibular — e se confunde com a missão que originou as Santas Casas de Misericórdia, trajetória que foi iniciada quando ainda o Brasil era colônia de Portugal. A Faculdade é considerada pelo professor como um time de futebol, com onze pessoas responsáveis pelo legado da Santa Casa.
Ainda refletindo sobre a tradição da Faculdade, a professora Dra. Giselle Klautau questionou aos presentes por quê a escolha na Medicina, reforçando o DNA da Santa Casa que é a atenção no cuidado, seja ela para os alunos, seja ela para os pacientes.
Este cuidado também foi evidenciado pela professora Dra. Rosane Lowenthal, que reforçou a relação da Instituição com o Sistema Único de Saúde (SUS) e a importância deste sistema.