A produção de vacina contra dengue.

O Instituto Butantan conseguiu uma patente nos Estados Unidos para o seu processo de produção de uma vacina contra a dengue. Com a aprovação, obtida no órgão americano Uspto, o Butantan pode exportar a tecnologia para o hemisfério norte.

O projeto de produção da vacina, que começou em 2010 e teve investimento de R$ 224 milhões do BNDES, está na terceira fase de estudo, na qual são feitos testes em humanos. Concluída essa etapa, será feito o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Depois do aval, o produto ficará disponível à população

Lycia Mimica, professora da Disciplina de Microbiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), explica que, segundo a OMS, a imunização deve ocorrer apenas quando há confirmação de que o paciente já foi exposto ao vírus. “Um documento atualizado da OMS sobre a vacina contra a dengue será publicado em setembro de 2018”, diz.

As novas recomendações, conforme a professora, são:

Para os países que consideram a vacinação como parte de seu programa de controle da dengue, uma “estratégia de rastreamento pré-vacinal” seria a melhor opção, na qual apenas pessoas soropositivas para a dengue são vacinadas.

O teste sorológico convencional para IgG do vírus da dengue poderia ser usado para identificar pessoas que tiveram infecções prévias pela doença.

Decisões sobre a implementação de uma estratégia de “triagem pré-vacinação” com os testes atualmente disponíveis exigirão uma avaliação cuidadosa, incluindo a consideração da sensibilidade e especificidade dos testes disponíveis e das prioridades locais, epidemiologia da dengue, e taxas de hospitalização por dengue específicas do país.

A vacina disponível atualmente no Brasil contra dengue foi desenvolvida pela Sanofi Pasteur, administrada em séries de 3 doses em um período de 0, 6, e 12 meses, e é indicada para imunização contra os 4 (quatro) subtipos do vírus da dengue.

Fonte:
Prof. Dra. Lycia M. J. Mimica
Disciplina de Microbiologia
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