25/11/2022

Faculdade recebe doação de piano do aluno de Fonoaudiologia Douglas Teixeira Luques O ato de entrega aconteceu durante o evento “Qualidade de vida nos diferentes ciclos de vida”, promovido pelo curso em comemoração aos seus 20 anos

A Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) recebeu na manhã desta terça-feira (22/nov/22) a doação de um piano da marca Fritz Dobbert do aluno Douglas Teixeira Luques, que cursa o 3º ano do curso de Fonoaudiologia, na XIX Turma. O equipamento, oferecido em comemoração aos 20 anos do curso, está em excelente estado de conservação, tendo sido fabricado no Brasil.


Douglas (ao centro), faz a entrega simbólica da chave do piano ao presidente da Diretoria Executiva da FAVC, Dr. João Clímaco Penna Trindade (D), e ao reitor da Faculdade, professor Dr. José Eduardo Lutaif Dolci


O ato de entrega, que aconteceu durante o evento “Qualidade de vida nos diferentes ciclos de vida”, realizado pelo curso no auditório da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho (FAVC), mantenedora da FCMSCSP, contou com as presenças do presidente da Diretoria Executiva da FAVC, Dr. João Clímaco Penna Trindade, e do reitor da Faculdade, professor Dr. José Eduardo Lutaif Dolci.

Para o professor Dolci, o momento foi ímpar, de grande felicidade, e que ficará marcado para a Faculdade. “No futuro, esse auditório será um palco, um teatro, e o piano fará parte, com toda certeza, desse ambiente de educação, arte e cultura”, disse. O Dr. Clímaco agradeceu e destacou que a doação é de grande importância para a Fundação, representando um momento histórico.

Douglas Luques: relação entre fonoaudiologia e música é benéfica na resolutividade dos casos

Posando junto à placa comemorativa, Doulgas e as professoras do curso de Fonoaudiologia Dra. Marina Padovani, Dra. Noemi Takiuchi, Dra. Adriana Gurgueira e Dra. Ana Luíza Navas

Para Douglas, a relação da música com a Fonoaudiologia é bastante próxima, tanto na área educacional, quanto nas atividades profissionais em que a voz se destaca, como no caso dos cantores, entre outros profissionais. Ele é professor de piano há 15 anos, tendo atuado em espaços como conservatórios, escolas de música, canto coral e educação infantil. “Sempre tive vontade de trabalhar mais a relação da música com a fonoaudiologia”, conta. “Minha atuação como músico e professor melhorou significativamente a partir do curso, principalmente na parte didática e em questões de desenvolvimento da criança na aprendizagem. Consigo colocar em prática os conhecimentos que adquiri em áreas como psicologia da educação e do desenvolvimento, aquisição de linguagem, desenvolvimento das habilidades auditivas e principalmente a comunicação humana.”

Para a professora Noemi Takiuchi, além do rigor técnico, fonoaudiólogo precisa realizar o manejo dos casos com humanidade

Segundo a professora Dra. Noemi Takiuchi, diretora do curso de Fonoaudiologia da FCMSCSP, o equipamento será utilizado em projetos de extensão, como nos ensaios e apresentações do coral “Canta Santa”, além de projetos de pesquisa que podem avaliar o impacto do ensino do piano em questões cognitivas, na alfabetização, no processamento auditivo, por exemplo. “A música está muito ligada à Fonoaudiologia, por sermos os profissionais que atuam com a voz e seus distúrbios”, avalia. “Podemos desenvolver uma atuação de parceria com os músicos, não apenas em relação à voz, mas também auxiliá-los na questão da audição já que vários destes profissionais podem apresentar perdas auditivas por conta da exposição prolongada a sons de alta intensidade, necessitando de orientação adequada para prevenir danos.”

Em relação à temática do evento, “Qualidade de vida nos diferentes ciclos de vida”, a professora Noemi considera que o tema é relevante por propiciar que os alunos entendam que a formação do fonoaudiólogo não é somente técnica. “Eles precisam aprender o manejo da disfagia, a indicação de próteses auditivas, as estratégias terapêuticas para desenvolver linguagem em pacientes com transtornos da comunicação”, aponta. “Mas, para além disso, devem entender a importância da humanização no cuidado, a importância da funcionalidade desse sujeito na vida real, fora da clínica, consultório ou do ambiente hospitalar.”