23/03/2023

FOLHA DE S.P – Professor da Faculdade fala sobre hesitação em relação à vacina Dr. José Cassio de Moraes, do Departamento de Saúde Coletiva, foi entrevistado pela Folha de São Paulo para apresentar os motivos da baixa cobertura vacinal

O professor Dr. José Cassio de Moraes, do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), coordena pesquisa sobre a queda da cobertura vacinal infantil no Brasil. Neste estudo, solicitado pelo Ministério da Saúde em 2021, foram entrevistados pais de crianças nascidas entre 2017 e 2018 de mais de 4.700 municípios.

A pesquisa surge como um mapeamento dos principais motivos destas crianças estarem com esquema vacinal atrasado e quais as principais soluções para evitar o retorno de doenças, até então, erradicadas ou controladas.

Dentre os principais motivos do atraso estão o medo de reação e a falta de acesso ao imunizante. De acordo com o estudo, 28% dos casos a criança foi levada ao posto, porém não recebeu a vacina. Entre os motivos estão falta de vacina (44%), a sala de vacina estava fechada (11%) e não havia quem aplicasse o imunizante (8%).

Em 11 de março, o professor Cassio de Moraes foi entrevistado pela Folha de São Paulo para comentar sobre estes motivos. Segundo ele, também são frequentes casos em que a população tem acesso à sala de vacina, mas a criança não é vacinada com todos os imunizantes de uma só vez. Aos dois meses, as crianças precisam receber vacinas contra a pólio, o rotavírus e a tetravalente e não há contraindicação em aplicá-las no mesmo dia. No entanto, 40% deixam de fazê-lo, segundo a pesquisa.

“É medo de reação vacinal por parte dos pais? Ou é o vacinador que não quer aplicar a vacina? Precisamos entender o que acontece porque tem muita variação de acordo com cada região”, afirma o professor.

Leia a reportagem completa:

>>> Medo de reação e falta de acesso emperram vacinação