28/1/2020

Pesquisa mostra vantagens de investir no rastreio de bactéria que causa infecção genital Data: 29/01/2020 - Quarta-feira, às 10 h 

Bactéria muito pequena e que não pode ser vista na microscopia convencional, a Chlamydia trachomatis tem comportamento silencioso e causa uma infecção genital que, na maioria das vezes, não tem sintomas, mas pode levar a sérias consequências a longo prazo, como dor pélvica crônica e infertilidade, maior risco de abortamento e de infecção neonatal, principalmente entre mulheres com menos de 25 anos.

Apresentada dia 29/1/2020, por Telma Regina Mônaco e Magalhães, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), a dissertação de mestrado “Custo-Efetividade do Rastreio da Infecção por Chlamydia trachomatis em Mulheres” teve como motivação a constatação da pesquisadora de que o país gasta muito mais no tratamento dos males causados pela bactéria do que na prevenção via rastreamento.

O trabalho aponta que o investimento em rastreio universal de clamídia tem como consequência uma economia, porque reduz as complicações da infecção de forma direta e indireta, levando a uma redução de taxas de infertilidade, aborto de repetição e complicações obstétricas, além de menor absenteísmo no trabalho e menos distúrbios psicológicos associados ao sofrimento causado pela bactéria.

O mestrado, realizado dentro do Programa em Ciências da Saúde da FCMSCSP, teve como banca examinadora a Prof.ª Dra. Adriana Bittencourt Campaner (FCMSCSP) – orientadora; a Profa. Dra. Silvia da Silva Carramão (FCMSCSP) e a Profa. Dra. Marcia Fuzaro Terra Cardial (FMABC).

Para o rastreio de agentes como a clamídia, que não pode ser vista em exames de microscopia convencional, há métodos de biologia molecular (captura híbrida e testes de amplificação de ácido nucleico [NAAT]). A captura híbrida inclusive está na relação de procedimentos do Sistema Único de Saúde no Brasil.

Fonte de dados: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (https://www.febrasgo.org.br)