10/6/2019
O Mês de junho é o Mês do Orgulho LGBT+ na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, uma promoção do Núcleo de Direitos Humanos (NDH) e da Liga de Enfermagem em Gênero, Sexualidade e Direitos Humanos . Dia 10/6/2019, ocorreu o Debate: Orgulho LGBT+: Motivações e Perspectivas. Durante o mês serão recebidas doações de de itens de higiene pessoal, limpeza e alimentos não perecíveis para a Casa 1, um centro de acolhimento de LGBTs expulsos de Casa e um Centro Cultural na região central de São Paulo.
Na abertura, Vanessa Luz, presidente da Liga destacou a importância da iniciativa de se ter um mês de discussões e debates. “Os eventos terão o objetivo de discutir diversos aspectos de temas que merecem uma reflexão aprofundada dentro e fora da instituição”, disse. A Profa. Dra. Maria Amélia de Souza Mascena Veras, Coordenadora Adjunta do NDH, reforçou a importância das reuniões, palestras e discussões a serem desenvolvidas ao longo do mês. “Trata-se de uma ação importante, que reforça iniciativas já desenvolvidas anteriormente”, frisou.
Renan Quinalha, ativista LGBT e um dos autores do livro A História do Movimento LGBT no Brasil, discorreu rapidamente sobre a chamada revolta ou rebelião de Stonewall. Foi um momento decisivo para o movimento de liberação gay. Seis meses após ela ocorrer, surgiriam as primeiras organizações do movimento de liberação LGBT nos EUA, como a Frente de Liberação Gay. Essa revolta acabou assumindo a imagem de um mito fundador pro movimento LGBT. Stonewall reúne singularidades importantes. Acontece em 1969 após o movimento de libertação sexual, com uma série de condições específicas de Nova York, uma sociedade extremamente desenvolvida com uma série de contradições naquele momento. E acontece numa região do East Village que de fato era um bolsão, onde havia uma diversidade grande de pessoas, de migrantes, de latinos. Uma série de condições faz com que Stonewall vire um episódio significativo e bastante singular em relação ao que havia antes (no movimento LGBT)”, afirmou.
Rute Alonso da Silva, formada em Direito e ativista em ações que atendem mulheres e lésbicas em situação de risco e violência, convidada ao evento, discorreu sobre a necessidade de efetivar ações de lutas por direitos de setores vulneráveis da sociedade. “Mulheres, homossexuais e trans são sujeito políticos que devem reivindicar políticas públicas especificas. No que diz respeito ao acesso das lésbicas à saúde, por exemplo, trata-se de reivindicar uma abordagem adequada da equipe de saúde” comentou.
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