03/06/2022

Núcleo de Desenvolvimento Docente realizou Seminário sobre Extensão na Formação em Saúde Evento on-line entre docentes debateu a importância, desafios e próximos passos da curricularização da extensão na Faculdade

O Núcleo de Desenvolvimento Docente (NDD) da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), em parceria com a Coordenadoria de Extensão da FCMSCSP, realizou na última terça-feira (31/mai), o 4º Seminário de Desenvolvimento Docente. O evento, que foi voltado para os docentes da Instituição, teve como objetivo avaliar os desafios e próximos passos para curricularização da extensão de forma sensibilizada, dialógica e com projetos que aproximem de forma contínua a Faculdade e a sociedade.

A atividade contou com a participação de 103 docentes por meio remoto e nove professores que acompanharam o seminário diretamente no anfiteatro Profº Paulo Ayrosa Galvão. Para a coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento Docente, professora Dra. Danielle Bivanco de Lima, a atividade foi muito importante para que os docentes pudessem pensar em melhorias em suas práticas educacionais, em sua própria formação e na educação permanente. “É fundamental esse desejo e motivação que o nosso docente tem de se atualizar, de pensar novas coisas, de aprender sobre a docência e essa vontade de ouvir a experiência de outras pessoas para compor de forma criativa nossa construção de extensão e de como a gente irá curricularizá-la”, diz. “Essa abertura de aprender com outras instituições, ouvir outras ideias para fazer algo que seja a nossa cara, mas que não tenhamos erros que podem ser evitados, é muito positivo”, enfatiza a professora.

Danielle considerou o resultado do evento, que tem frequência anual, como extremamente positivo. De acordo com a professora, os debates e reflexões foram pertinentes e o seminário contou com uma ampla participação do início ao fim. “Precisamos de mais eventos relacionados à extensão na Faculdade ao longo dos próximos semestres, fiquei muito feliz com o resultado”, diz.

A coordenadora do NDD também comenta sobre os principais desafios apresentados durante o seminário, tanto nas falas dos palestrantes, quanto durante as dúvidas dos docentes. Segundo a professora, um dos questionamentos que mais lhe chamou a atenção foi sobre como seria feita a integração com todos os docentes, disciplinas e alunos da Faculdade com a sociedade, a fim de auxiliar a articulação entre a Faculdade e os serviços de saúde. “Esse caráter de agregação é tanto uma potência para criar projetos e ações de saúde, como um desafio porque você tem que falar com muita gente e requer tempo para essa construção”, diz. “A questão de criar projetos longitudinais, algo que seja contínuo e que não seja abandonado e a avaliação das ações que foram feitas, também é um desafio.”

A professora também explica que é necessário criar projetos que não ampliem a carga horária e não afetem o conteúdo de cada curso, além de buscar parcerias duradouras e que respeitem esse caráter de continuidade e responsabilidade social que os docentes buscam. Danielle aponta que a procura da parceria ideal nos serviços de saúde, ONGs e com outros elementos da sociedade civil é outro desafio.

Ao buscar soluções para estes desafios, Danielle comenta que a principal sugestão foi de manter a sensibilização dos docentes e estudantes, para que o processo de formação para extensão seja contínuo. Para isso, os participantes apontaram a necessidade ações como dialogar com os coordenadores de cada disciplina, criar grupos específicos para a curricularização e convidar coordenadores para cada projeto desenvolvido para a extensão de modo que a construção seja coletiva e que todos os alunos possam ser contemplados com esta mudança. “Criar essa conversa, essa sensibilização contínua, para identificar projetos longitudinais que tem a cara da faculdade e que caibam para cada momento da formação dos alunos e dos diversos cursos”, completa.

Curricularização da extensão

A curricularização da extensão é uma resolução do Ministério da Educação, tornando este processo obrigatório para os cursos de nível superior. A resolução enfatiza a importância de incorporar 10% da carga horária dos cursos de educação superior às ações de extensão. Para Danielle, para além da obrigatoriedade, é importante a curricularização para que a universidade se integre mais às necessidades da sociedade. “Em nosso caso, que é uma faculdade de Saúde, é importante que a gente se integre a ouvir as necessidades de saúde e fazer projetos que conversem com esses atores sociais. É uma obrigatoriedade, mas também é um avanço em termos de educação na área da saúde”, comenta a professora.