1/6/2020

O Brasil começa a testar Professor da FCM/Santa Casa é entrevistado pela Revista Pesquisa Fapesp

O Brasil tenta, enfim, conhecer o tamanho da pandemia do novo coronavírus, cujo primeiro caso foi notificado há mais de três meses, em 26 de fevereiro. Nas últimas semanas, foram iniciados programas de testagem em massa e começaram a ser divulgados os primeiros resultados de estudos epidemiológicos que podem ajudar o país a compreender a dinâmica da doença e a traçar estratégias para combatê-la. Entre os principais projetos destacam-se a pesquisa nacional Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19 (Epicovid19-BR), coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, um estudo-piloto na capital paulista liderado pelo Grupo Fleury e um programa de testes em larga escala promovido pelo governo de São Paulo.

Especialistas são unânimes em afirmar que essas iniciativas são importantes porque o Brasil é um dos países que menos testa sua população. Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de testagem no fim de maio era de 4,2 mil exames por milhão de habitantes, o menor índice entre as nações com mais casos. Na ocasião, 871,8 mil exames moleculares do tipo RT-PCR, que detectam fragmentos do RNA do vírus em amostras colhidas no fundo do nariz ou garganta, haviam sido realizados no país, sendo 460,1 mil processados em laboratórios da rede pública e 411,7 mil nos cinco maiores laboratórios privados. O órgão não informou o número de testes sorológicos rápidos que detectam a presença de anticorpos no sangue.

“O Brasil deveria testar em larga escala para reduzir o número reprodutivo efetivo [índice referente ao contágio entre pessoas], seguindo protocolos orientados a identificar os indivíduos infectados, isolá-los e permitir o rastreamento de seus contatos, com a adoção de medidas de distanciamento físico, isolamento social e quarentena”, diz o epidemiologista Hélio Neves, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. “Demorou muito para termos disponíveis no país, em volume razoavelmente adequado, os testes RT-PCR, o que ainda não foi plenamente resolvido.”

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