20/12/2019
Estudo analisa a prevenção às DST/HIV/Aids voltadas para mulheres em situação de violência doméstica perpetrada por parceiro íntimo ou ex-parceiro. O artigo , publicado na revista Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, realiza análise temática dos documentos norteadores da assistência à violência sexual produzidos pelo Ministério da Saúde e Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.
Entre os principais resultados estão a falta de priorização e de proposta específica de ações de prevenção às DST/HIV/Aids para mulheres em situação de violência sexual perpetrada por parceiro íntimo, a necessidade de superar a abordagem de prevenção focada na ação individual, tendo o preservativo como a única estratégia efetiva de prevenção, e a necessidade de promover a compreensão de que a violência sexual perpetrada por parceiro íntimo potencializa a vulnerabilidade das mulheres às DST/HIV/Aids.
Há, portanto, uma preocupação descrita nos documentos analisados em orientar os profissionais de saúde para reconhecerem os contextos de vulnerabilidade a que as mulheres estão expostas, com maior atenção para a vulnerabilidade programática; apesar disso, a violência sexual perpetrada por parceiro íntimo se mantém como uma lacuna assistencial que precisa ser corrigida por se apresentar como uma barreira importante para a prevenção das DST/HIV/Aids.
O artigo “Prevenção às DST/HIV/Aids para mulheres em situação de violência doméstica de gênero: uma análise sobre a vulnerabilidade programática”, de Maria Fernanda Terra e Ana Flávia Pires Lucas d’Oliveira, está acessível, na íntegra e gratuitamente, em http://arquivosmedicos.fcmsantacasasp.edu.br/index.php/AMSCSP/article/view/140/146