16/03/2022
O professor do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), o infectologista Marco Aurélio Palazzi Sáfadi, falou ontem (15/mar) ao Jornal Nacional sobre o desenvolvimento de vacina contra chikungunya pelo Instituto Butantan que é segura e gera resposta imune duradoura em 96% dos voluntários, segundo resultados finais de fase 3 que foram realizados nos EUA.
A doença, que é transmitida pelo Aedes aegypti, provoca febre alta, dor de cabeça, manchas na pele e dores nas articulações, podendo levar à morte. “Em cerca de 30% a 50% daqueles que são infectados pela doença, podem persistir manifestações por semanas ou até meses, com dores nas articulações, muitas vezes, incapacitantes”, alertou o professor da FCMSCSP.
Segundo o instituto, o imunizante está sendo desenvolvido em parceria com a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva, mostraram que a imunogenicidade alcançada após a vacinação permaneceu por ao menos seis meses, com manutenção da produção de anticorpos durante esse período em 96,3% dos indivíduos avaliados. Além disso, o imunizante é seguro e causa reações adversas mínimas.
O estudo foi conduzido nos Estados Unidos com 4.115 homens e mulheres acima de 18 anos. Em dados divulgados anteriormente, a taxa de soroconversão da vacina foi de 98,5% tanto para adultos quanto para idosos acima de 65 anos, promovendo níveis semelhantes de anticorpos neutralizantes. Passados seis meses da aplicação da vacina, a soroconversão continuou elevada, sendo detectada em 96,3% dos participantes da pesquisa. A duração da imunidade continuará sendo monitorada periodicamente com testes sorológicos durante pelo menos cinco anos.
Com informações do Jornal Nacional e do Instituto Butantan