20/1/2020
Baseados na Reforma da Previdência que aumentou a idade mínima de aposentadoria para 65 anos para o homem e para 62 anos para a mulher, vários deputados federais estão defendendo que o Estatuto do Idoso também seja “reformado” e passe a considerar oficialmente como pessoa idosa no Brasil, somente aquelas com 65 anos ou mais.
Uma proposta de autoria do deputado João Campos (Republicanos-GO) tramita na Câmara dos deputados, como Projeto de Lei 5383/19.
Não existe mais justificativa para dizer que uma pessoa com 60 anos é idosa. A cada dia que se passa vemos mais pessoas atingindo essa idade com qualidade de vida, em plena atividade laboral, intelectual e até mesmo física, argumentou o deputado federal.
Para profissionais da Saúde é preciso ficar atento ao fato que as pessoas envelhecem de forma diferente e que a maioria dos brasileiros começam a trabalhar cedo e que uma aprovação dessa pode tirar direitos na hora em que os que estão desgastados mais precisam de ajuda.
A respeito da proposta de mudança do recorte de 60 anos para a definição de idosos no Brasil, passando para 65 anos, considero inapropriada. Diferente dos países desenvolvidos, nossa escolha- como em outros países próximos ao nosso desenvolvimento socioeconômico- reconhece a grande desigualdade social e o impacto que isso provoca no corpo e na mente das pessoas mais desfavoráveis. Portanto, 60 anos é um mínimo no reconhecimento desse desgaste, visando, assim, a proteção social dos grupos, afirma o médico Nivaldo Carneiro Júnior, Doutor em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo. Pós-Doutorado pela Faculdade de Medicina de Barcelona e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, entre outras.
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