3/1/2020

Revista da FCM/Santa Casa publica estudo epidemiológico do câncer de boca no Brasil Maioria dos pacientes é homem, branco, com mais de 55 anos e lesões localizadas na língua

A maioria dos pacientes diagnosticados com câncer de boca no Brasil é do sexo masculino, cor branca, idade superior a 55 anos, tem lesões localizadas na língua e ventre da língua ou assoalho de boca, apresenta baixa escolaridade e reside nas regiões Nordeste e Sudeste.

Essa é a conclusão do artigo “Estudo epidemiológico do câncer de boca no Brasil”, publicado em dezembro último na revista Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Com base nesses dados, a pesquisa sugere intensificar as políticas públicas de prevenção, diagnóstico e tratamento para populações especificas, a fim de modificar o quadro do perfil identificado.

A pesquisa se dá num contexto em que o câncer de boca representa 3% dos casos de câncer no mundo, levando em consideração todos os tipos de câncer; e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), para o ano de 2030, a estimativa de casos novos está em torno de 27 milhões.

O objetivo foi descrever o perfil clínico e epidemiológico de indivíduos com câncer de boca atendidos em hospitais de referência do Brasil nos anos de 2005 a 2014, comparando as diferenças entre as regiões do Brasil. Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo, que analisou informações provenientes do Sistema Nacional de Informações de Registros Hospitalares do Câncer (SisRHC).

A maior prevalência da doença ocorreu em indivíduos do sexo masculino (80,19%), na faixa etária de 55 a 64 anos (30,64%), cor branca (48,5%) e de baixa escolaridade (48,75%). A localização anatômica mais comum do tumor foi a língua (26,23%), seguida da base da língua (16,67%). Em relação à distribuição dos casos de câncer de boca, a região Sudeste se destaca com 52,78%, seguida da região Nordeste com 22,26%.

O artigo, de Élika Cardoso Soares, Bartolomeu Conceição Bastos Neto e Lília Paula de Souza Santos, pode ser acessado gratuitamente, na íntegra, em https://doi.org/10.26432/1809-3019.2019.64.3.192