30/03/2023
O professor Dr. Roni de Carvalho Fernandes, do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), foi entrevistado ao vivo pelo RJTV, em 24 de março, para esclarecer as principais dúvidas sobre o sexto tumor mais frequente no homem e o segundo mais frequente na Urologia: o câncer de bexiga.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram estimados cerca de 580 mil casos de câncer de bexiga no mundo. Segundo o professor Dr. Roni, isso se dá, principalmente, pelo tabagismo. “Existem outros fatores como o envelhecimento, o uso de substâncias químicas, infecções na bexiga, mas o principal, que eu acho que temos que combater, é o tabagismo”, reforça.
O professor explica que além destas condições que afetam o corpo humano, há, também, as más condições de trabalho que o indivíduo pode se submeter, o que acaba resultando na absorção de substâncias danosas e que precisam ser eliminadas do organismo de alguma forma.
Por conta disso, Dr. Roni reforça a importância de cuidar da saúde e manter os exames em dia, para evitar doenças graves, como o próprio câncer. O mesmo deve ser feito para quem tem uma rotina saudável. Segundo ele, apesar dos casos serem baixos, ainda é possível do indivíduo ter uma predisposição genética de adquirir o câncer, como é o caso do ator Paulo Zulu, que anunciou em 21 de março a descoberta do tumor na bexiga, mesmo com alimentação saudável e uma intensa rotina de exercícios físicos.
Dentre os principais sintomas, o professor aponta o sangramento na urina e infecção urinária, assim, caso haja um aumento na frequência que tem vontade de ir ao banheiro ou sente dor ao urinar, é recomendado ir o quanto antes a um urologista para obter um rápido diagnóstico e tratamento.
Em relação ao tratamento, o doutor explica que para definir o melhor tratamento é necessário, primeiro, avaliar em qual estágio e posição o tumor se encontra.
“O câncer de bexiga, que é esse mais comum que é o carcinoma urotelial, nós temos que dividir em dois grandes grupos: aquele que está só na camada interna na bexiga e que nós vamos entrar com um aparelho pelo canal e tirar esse tumor por via endoscópica e oferecer tratamento tópicos para a bexiga”, diz.
“Já o tumor que está invadindo as paredes da bexiga, muitas vezes nós temos que substituir a bexiga, retirar a bexiga e oferecer, também, tratamentos com quimioterapia e imunoterapia para vencer esse tumor”