30/12/2019

Utilização de protetores bucais em pacientes internados em UTI Artigo é publicado na revista Arquivos Médicos da FCM/Santa Casa

O paciente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode apresentar lesões bucais ocasionadas por doença sistêmica, infecção oportunista, imunossupressão ou trauma, as quais geram desconforto, dor e sangramento. O tratamento dessas lesões pode estar associado à melhora do quadro clínico, a instituição de um tratamento tópico, e a proteção das mucosas bucais nos eventos de automutilação/ trauma.

O protetor bucal descrito na literatura está relacionado à prática esportiva e a realização de procedimentos anestésicos e de endoscopia, atuando na proteção de traumas bucais. É um assunto escasso na literatura odontológica especializada, porém relevante, no que se refere a prevenção e tratamento de traumatismos mucosos em pacientes neurológicos ou em UTI.

O dispositivo deve ser constituído de material de fácil manipulação e adaptação, podendo ser removido e inserido na mesma posição, devendo ser passível de higienização, afastando e protegendo os tecidos bucais da região dentária e de trauma.

O objetivo de artigo publicado na revista Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo foi realizar uma revisão de literatura sobre as indicações dos protetores bucais utilizados pela odontologia para pacientes neurológicos e em UTI, e descrever um protocolo clínico de instalação visando proteção, segurança, conforto bucal e melhora da qualidade de vida do paciente.

O artigo conclui que o protetor bucal deve ser instalado por um cirurgião-dentista que tenha conhecimento sobre o estado geral do paciente em UTI, a fisiopatologia das lesões bucais e habilidade manual para a instalação do protetor devido a presença do tubo orotraqueal e outros dispositivos mantenedores de vida encontrados nesse ambiente.

O artigo “Utilização de protetores bucais em pacientes internados na unidade de terapia intensiva: proposta de protocolo”, de Juliana Bertoldi Franco, Natália Moreira Barquette, Sumatra Melo da Costa Pereira Jales, Camila Eduarda Zambon, Priscila Fernandes Ribas Guardieiro, Diogo Toledo Matias, Márcio Vieira Ortegosa e Maria Paula Siqueira de Melo Peres, está disponível na íntegra gratuitamente em http://arquivosmedicos.fcmsantacasasp.edu.br/index.php/AMSCSP/article/view/155/165